4.6.10

A fuga da alma

O termo tempos líquidos  foi cunhado pelo sociólogo polonês Zygmunt Bauman que tornou-se conhecido por suas análises das ligações entre a modernidade e o culto pós-moderno ao consumismo.
A liquefação é uma metáfora ao derretimento dos parâmetros do modernismo, que preservavam a tradição e valores consagrados ao longo do tempo.  No pós-modernimos o que vale é o hoje, o instatâneo, o prazer momentâneo.
O psicólogo Gélson  Roberto acredita que  a sociedade atual sofre de uma doença  diagnosticada pelos povos indígenas brasileiros: a fuga da alma. “O mundo está sem alma. O homem não percebe o sagrado. Perdeu a conexão com o Criador”. 
A depressão, segundo ele, é uma manifestação deste  momento. Destacou que ninguém admite mais passar por pequenas tristezas, por perdas, mesmo aquelas inevitáveis do dia a dia. “Qualquer tristeza, qualquer luto já é considerado um quadro depressivo”, afirmou denunciando o exagero no uso de medicação.

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